Imaginem vocês estas cenas :

Cena 1 – Sexta –feira , 18:30h voltando para a casa resolvo parar numa padaria e fico numa fila para ser atendido. Somente uma atendente para fatiar. Com 3 pessoas na minha frente. Uma delas pediu queijo mussarela. RESPOSTA : “ Não temos, o queijo está mole !”

A segunda pessoa da fila ,pede peito de peru defumado. RESPOSTA : “Não temos, o fornecedor não entregou!”

Na minha vez eu pedi queijo prato fatiado.RESPOSTA:” Não temos, o produto acabou!”

Cena 2 – Na mesma padaria, alguns minutos depois. De 3 (três) caixas de pagamento, somente 1 (uma) funcionando. Fila com 12 pessoas. A gerente ao lado dos caixas só observando justifica-se “estamos  com menos 5 funcionários que faltaram”

Cena 3 – No dia seguinte, sábado pela manhã, na mesma padaria, fui comprar meu pão aproveitei para comprar frutas para o café. OBSERVAÇÃO: frutas, verduras e legumes passados e até  podres na área de vendas, sem condições de comercialização.

Cena 4 –  2 dias depois , mesma padaria , por volta das 17h na fila do caixa : Uma senhora reclama sobre o atendimento, a operadora não olha nem nos olhos da cliente ao dar troco. Após a cliente sair , a operadora de caixa diz “hoje tá difícil, até atenção os clientes querem”.

São cenas que se repetem toda hora em diversos segmentos de varejo.  Estas 4 cenas  aconteceram nesta padaria próxima a minha residência e eu presenciei tudo.

Esta padaria, ou posso chamar de pequeno varejo de sortimento amplo , pois vende FLV , artigos de mercearia e bazar. Por confiar muito na sua posição estratégica pois atende uma área de restrição deste tipo de  serviço, esquece da base de qualquer relação de consumo: O atendimento  . Esquece que a livre concorrência é bastante dinâmica e deixa brechas para outros que logo podem perceber esta oportunidade: Baixa qualidade de serviço e de atendimento.

O dinheiro do consumidor é um só, e ele com certeza, quer utilizá-lo da melhor maneira possível. Não temos mais a opção de “errar na conduta”. Principalmente  naquilo que está em nosso alcance. Temos que valorizar cada oportunidade do cliente nos procurar.

Em momentos de crise ou de mais dificuldade o consumidor gosta e necessita de uma  valorização e reconhecimento. Aliás são nestes momentos que nós do varejo, formadores de equipe e de opinião, devemos nos atentar mais quanto a valorização daqueles que escolhem nossos estabelecimentos para comprar. Ali que estão deixando seus recursos, muitas vezes limitados , confiando em nossos serviços as vezes pagando mais do que deveriam, por uma necessidade ou conveniência. Mais que justo e adequado que sejam tratados da melhor maneira possível.

Não só pelo ponto de vista de reconhecimento do cliente que possivelmente se torna fiel ao seu estabelecimento, sabemos que , todo aquele cliente que reclama, é por que  acredita que sua reclamação será atendida e o que estava errado vai mudar. É mais um voto de confiança do cliente ao seu estabelecimento. Pois aquele que não reclama, não lhe dá a mínima atenção e procura outro lugar para ser atendido.

O momento econômico social que estamos passando é delicado, quase crítico. A sociedade brasileira está cansada de ver tanto erro, ingerência e  desrespeito. O dinheiro está curto e deve ser bem utilizado. Toda e qualquer ação terá uma reação !  Esperamos que para nosso negócio seja sempre positiva.

Toda e qualquer atitude de atendimento de consumo negativa ou positiva se reflete diretamente nesta relação varejista x consumidor. E aquele que tiver a maior aproximação com atitudes positivas e domínio  nesta relação está na vantagem. Pensem nisto.